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Notícias

ABR
03
2014

Aliado na hora de se livrar do calor intenso, mas requer alguns cuidados

No verão todos desejam se livrar do sol forte e refrescarem-se no mar, na piscina ou com qualquer outro meio que encontrem. Porém, nesta época de volta às aulas e ao trabalho, as opções para aliviar o calorão diminuem e muitas pessoas acabam recorrendo ao ar condicionado.
Este por sua vez é motivo de inúmeras discussões dentro de escolas, empresas e até mesmo nas casas. Tudo por causa da temperatura ambiente que cada um prefere. Por culpa do seu alto poder de refrigeração, se utilizado de forma incorreta, o ar condicionado pode provocar problemas graves de saúde. Para evitar danos, a VivaSaúde preparou uma série de dicas preciosas na hora de usar o aparelho.

Defina a temperatura ambiente
De acordo com Ricardo Milinavicius, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) a temperatura ambiente ideal é entre 20°C e 22°C. No caso de locais fechados e com grande conglomerado de pessoas – como o escritório -, o melhor a se fazer é evitar ao máximo a longa permanência, já que existe risco de uma enorme troca de infecções virais. Porém, o entra e sai de lugares gelados para os muito quentes também deve ser evitado. “O ar úmido ressaca as mucosas deixando o indivíduo mais propenso a contrair infecções. Além disso, essa troca de ambientes desidrata ainda mais”.

Os riscos para quem permanece por um longo período exposto ao ar condicionado vão desde uma simples gripe, até problemas respiratórios mais graves. É possível que se contraia resfriados, sinusite, amidalite, pneumonia e até mesmo agravar problemas como asma e bronquite. Logo, esses pacientes devem evitar ao máximo se exporem ao aparelho.

Além deles, crianças e idosos precisam de cuidados extras, pois apresentam imunidade mais baixa do que o restante. A depender do caso, uma medida mais extrema ainda pode ser tomada. “Para portadores de algumas enfermidades que estão sujeitos a passar por uma crise a qualquer momento, é indicada a aplicação de vacina contra pneumonia para aumentar a imunidade, principalmente em pessoas com mais de 50 anos”, comenta Milinavicius.

O que acontece com o corpo quando o ar está ligado?
O filtro dos aparelhos não consegue reter todas as impurezas existentes, que se acumulam nos ductos e fazem com que a circulação de ar prejudique a saúde de quem está exposto. Veja o que acontece com cada parte do nosso corpo.

Nariz: a mucosa nasal é revestida por cílios vibrantes, responsáveis por expulsar bactérias, fungos e vírus que adentram em nosso organismo pelo ar que respiramos. Como há o ressecamento da região, a chance de se contrair infecções aumenta.

Garganta: inflamações e até mesmo amidalite podem se desenvolver caso o nariz esteja obstruído, pois a respiração pela boca resseca ainda mais a garganta.

Olhos: o ressecamento dos olhos pode acarretar no acúmulo de bactérias, resultando posteriormente em problemas como a conjuntivite.

Coluna: o contato próximo com o ar gelado pode gerar problemas sérios por conta da friagem em contato direto com o corpo.

Como você pode se proteger
Siga algumas dicas simples para evitar problemas de saúde devido ao aparelho:
· A hidratação via oral deve ser feita a todo o momento.
· Utilize soro o fisiológico nas áreas ressecadas, principalmente no nariz.
· Para manter-se livre das bactérias, faça o uso do álcool em gel para limpar as mãos e realize uma boa higiene.
· Faça a limpeza e manutenção dos aparelhos no período
· recomendado (veja quadro abaixo).
· Deixe um agasalho nos locais onde o ar estiver ligado.
· Não fique de frente ou de costas para o ar gelado. Adote uma distância segura em que o vento não o atinja de forma muito próxima

Limpeza é fundamental
Não só o filtro do ar condicionado deve ser higienizado, mas também os ductos internos, pois é lá que bactérias e resquícios de água ficam alojados.
A limpeza é normalmente realizada a cada três meses e, a cada seis, deve-se trocá-lo. O mesmo serve para o ar-condicionado de carros, porém, o parâmetro para troca é de 5 mil a 10 mil quilômetros rodados, o que demora aproximadamente um ano.

“É preciso ressaltar a real necessidade de uma manutenção frequente desses aparelhos, pois normalmente as pessoas se esquecem de fazê-lo ou deixam para depois, o que resulta em um desconforto geral e constante”, finaliza Milinavicius.

Fonte: www.revistavivasaude.uol.com.br

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